Album: Olhos de Mongol

Sentimos no ar a melodia etérea.
É a nossa música.
Cantamos e dançamos como se fosse a última vez, o último olhar, o último toque, o último beijo.

Estás linda.
O teu vestido, da cor do vinho que enche os copos, aquece o chão que pisas e relembra-me a razão.
Todas as razões.

Diz-lhe para parar aqui.
Eu queria tanto parar aqui.

Os olhos param em ti e em mim, enquanto preenchemos o espaço vazio,
impossível de preencher por alguém que não nós.
Não pedimos o fim, mas não nos importamos se acabar assim.

Diz-lhe para parar aqui.
Eu queria tanto parar aqui.

O mundo é grande e em todo o lado se vive.

Diz-lhe para parar aqui, vivemos em caixas de fósforos.
Não sopres.

Se as mãos pudessem dizer por mim. Eu queria tanto parar aqui.
Pára!

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