Um tásico á mángua
Espera a tarde inteira
Pela assistáªncia que ná£o vem
Mas vem de tudo
N'á¡gua escura, suja, espessa deste rio
Severino morte e vida váªm
Quem ná£o tem ABC
Ná£o pode entender HIV
Nem cobrir, evitar ou ferver
O rio é um rosá¡rio
Cujas contas sá£o cidades
á espera de um Deus que dáª
Que possa lhes dizer
O que é que voc᪠tem?
A quem se pode recorrer?
Me diz o que é que voc᪠tem
á muita gente ingrata
Reclamando de barriga d'á¡gua cheia
Sá£o maus cidadá£os
á essa gente analfabeta
Interessada em denegrir
A boa imagem da nossa naá§á£o
ás tu Brasil, ó Pá¡tria amada
Idolatrada por quem tem
Acesso fá¡cil a todos os seus bens
Enquanto o resto se agarra
No rosá¡rio, e sofre e reza
á espera de um Deus que ná£o vem