Saiu pela noite
Pelas ruas do Porto
Procurando os seus olhos
Num copo já morto
Perdeu-se na vida
Encontrou-a na Foz
Entre o Molhe e a Avenida
Há tanta gente a sós
E eu e tu somos iguais
Esconderam palavras
Por três das palavras
Disseram amor
Sem se perceberem
Dan’aram na estrada
No asfalto dos loucos
Entre o céu e o nada
Foram morrendo aos poucos
E eu e tu somos iguais
E pediram-se um beijo
Uma mão que os agarre
Parados no tempo
Para que o tempo não pare
E eu e tu somos iguais
E quando perceberam
Que a noite era só deles
Mataram desejos
E rolaram beijos
Colados ao corpo
Perdidos no chão
Então os dois foram um
E o tempo nenhum
Para o que tinham para se dar
Põe o teu corpo no meu
Deixa a noite acabar
Então de um fez-se dois
E o tempo depois
Foi tão pouco para viver
Põe o teu corpo no meu
Sente o meu a amanhecer
Hei, hei, hei, X 4
Eu e tu somos iguais…
Enrolou um cigarro
Que fumaram a dois
Revivendo o prazer
Que viria depois
Beberam olhares
Lugares de veneno
Nas paredes do quarto
O mundo é tão pequeno
E eu e tu somos iguais
Partiram no carro
A voar na cidade
Encantados nas luzes
Despistando a vontade
Deram-se as mãos
E os corpos também
A 200 à hora
Não os vai vencer ninguém
E eu e tu somos iguais
E pararam o mundo
Numa rua qualquer
Num abraço sereno
Sem ninguém perceber…
E eu e tu somos iguais
E quando perceberam
Que a noite era só deles
Mataram desejos
E rolaram beijos
Colados ao corpo
Perdidos no chão
Refrão
Pedro Abrunhosa — Voz, teclados, loop
Leanne Carol — Background vocal
Paulo Pinto — Guitarras acústicas, slide guitar
Cláudio Souto — Órgão
João André - Baixo
Alexandre Frazão — Bateria
Mr. Cool — Pandeireta
Ian Humphries — Violino
Charles Mutter — Violino
Nic Pendelbury — Viola
Philip Sheppard — Violoncelo

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