Hawaii-Bombay, meus dois paraísos
De tristes ares, profundos delírios
Hawaii-Bombay, meus doces vícios
Os prédios têm as suas ruas
Cega neblina com suas luas
E minhas dores violentas e nuas
Tenho meu oásis vivo para mim
Sinto os que respiram lá
Ísis e Osíris nus neste jardim
São espelhos deste olhar
Hawaii-Bombay, tão cedo é tão tarde
Sóis azuis em frágeis instantes
São tantas cidades e tão poucos amantes
Hawaii-Bombay, no tempo infinito
Tudo é possível, mesmo um mito
E a paixão, tatuada em meu grito.