Saem ratos das esquinas
Ofuscando a passagem
Limitando o meu ser
Eles meu destino comem
Fabricando a minha raiva
O meu corpo roem
Sem sentido eles se movem
Ordenando as nossas vidas
Pelas ruas eles correm
Controlando as calçadas
E nas torres lá estão eles
Vigiando as entradas
E no dia em que as águias
Levantarem vôo
Não vai sobrar um rato
Pra contar como é que foi
Pela calada eles espreitam
Matando almas à passagem
Nos buracos lá estão eles
Aguardando a boa hora
Saltam deles a guinchar
Tu já foste agarrado